JOSIVALDO CABOCLO

Este episódio visita Josivaldo Caboclo, filho de Bio Caboclo, um poeta e mestre das tradições de maracatu, ciranda e coco de roda em Lagoa de Itaenga, Pernambuco. Exploramos a herança cultural da família Caboclo, começando com Zé Caboclo, avô de Josivaldo, e seguindo para Bio Caboclo que expandiu essa herança. Após a morte de Bio em 2022, Josivaldo discute como a cultura popular foi passada através das gerações e como ele pretende preservar essas tradições.

ROTEIRO – 17 – JOSIVALDO CABOCLO

JOSI MARINHO – LOCUTORA JOSI MARINHO

DESC – DESCRIÇÃO CRIS XAVIER

TEC – TÉCNICA

JOSI MARINHO – Seja bem vindo ao Podcast Nossa História, Nossa Memória, realizado com o incentivo do Funcultura,  Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo do Estado de Pernambuco.

JOSI MARINHO – Deu pra perceber que começamos diferente, né? Hoje vamos falar sobre a Família Caboclo. Pegamos a estrada para o município de Lagoa de Itaenga, na zona da mata norte de Pernambuco,  a 70 quilômetros do Recife. 

JOSI MARINHO – Eu sou a jornalista Josi Marinho. Mulher negra, produtora cultural e realizadora desse projeto. 

JOSI MARINHO – Quem nos recebe é Josivaldo Caboclo. Ele é filho de Bio Caboclo,  poeta,  violeiro, cirandeiro, mestre de maracatu, e referencial em coco de roda. Vamos ouvir falar muito dele aqui. Esse episódio passeia por pelo menos três tradições: o maracatu, a ciranda  e o coco de roda. 

JOSI MARINHO – Deu pra perceber que Josivaldo tem cultura correndo pelas veias. Uma família formada no meio de tradições e notas de viola. O saudoso grande poeta e mestre Bio Caboclo deixou seu legado para os quatro filhos. 

JOSI MARINHO – É impressionante e encantador como a cultura passa de geração em geração e permanece viva. Na família caboclo, começou com Zé Caboclo, o avô; passou para Bio Caboclo, o pai;  e agora está nos filhos. Vamos conhecer um pouco mais sobre o início de tudo. Quem era Zé Caboclo?  

JOSI MARINHO – Através de Bio Caboclo a arte se fortaleceu ainda mais na família. Ele já não está em ter nós. Bio Caboclo nos deixou em fevereiro de 2022. O poeta morreu aos 62 anos enquanto tratava de um câncer no estômago. 

JOSI MARINHO – O poeta e mestre Bio Caboclo levou o nome do município de Lagoa de Itaenga para todo lugar onde se apresentava. A fama foi tanta que em 2014 o município recebeu o título de Capital Estadual do Coco de Roda. Josivaldo,  você acha que seu pai teve o reconhecimento devido pela contribuição a cultura popular? 

JOSI MARINHO –  Você que acompanha cada episódio do Podcast Nossa História, Nossa Memória, deve ter notado que a gente adora uma curiosidade. Vamos desvendar mais uma? Zé Caboclo, Bio Caboclo e Josivaldo Caboclo… De onde vem esse sobrenome? 

JOSI MARINHO – O nome Caboclo veio dos indígenas, então? 

JOSI MARINHO – Eu imagino que enquanto pequenos, você e seus irmãos estavam imersos na cultura enquanto brincadeira. Eu gostaria de saber quando vocês começaram a enxergar a cultura de forma diferente? Quando vocês assumiram o protagonismo, incorporaram esse sobrenome e começaram a acompanhar o pai de vocês? 

JOSI MARINHO – Josivaldo Caboclo é mestre de coco de roda, de maracatu e também de ciranda. É como falamos anteriormente… A cultura está no sangue. 

JOSI MARINHO – E com o coco de roda, como foi? 

JOSI MARINHO – Agora vamos falar da ciranda… 

JOSI MARINHO – Josivaldo também se envolveu com a Associação das Cirandas de Pernambuco. Ele está no segundo mandato como presidente de mais de 30 cirandeiros. Mais uma forma de manter viva a tradição. 

JOSI MARINHO – Já falamos aqui que Lagoa de Itaenga é a Capital Estadual do Coco de Roda… Mas fiquei sabendo de outro título aí…  Que história é essa de maior roda de coco do nordeste? 

JOSI MARINHO – Como a tua vizinhança, os moradores do bairro e a população de Lagoa de Itaenga veem a cultura popular? Eles abraçam essa cultura raiz? 

JOSI MARINHO – A gente já falou de maracatu, ciranda e agora coco de roda. Bio Caboclo, poeta e mestre, gostava do improviso. Josivaldo, filho dele, compõe e também passeia pelos diversos ritmos e tradições. Eu sei que você que está escultando quer saber… (ar de riso)  e não tem uma hora que tudo isso se mistura na mente não? 

JOSI MARINHO – Eu vejo passado,  presente e futuro na nossa conversa. Mas eles estão juntos e misturados. São costumes de uma geração anterior que não ficaram lá atrás. Tradições que são fortes. O que você espera dos próximos dias? 

JOSI MARINHO – Josivaldo, a tua fala durante toda nossa conversa já é um convite para conhecer as tradições do maracatu, ciranda e coco de roda… Mas ainda assim gostaria que você reforçasse esse convite para nossos ouvintes. 

JOSI MARINHO – Vamos simbora!!!  Muito obrigada por ter topado contar essas histórias para gente. 

ENCERRAMENTO

JOSI MARINHO – E a gente também agradece a você que chegou até aqui com a gente.  É assim que termina o quinto episódio da Temporada Especial do Podcast Nossa História, Nossa Memória sobre os patrimônios materiais e imateriais da zona da mata  

Nesta temporada, o projeto conta com apoio da Universidade de Pernambuco, Campus Mata Norte; do Ponto de Cultura Poço Comprido; Patrimônio Vivo e Ponto de Cultura Banda Curica; Patrimônio Vivo e Ponto de Cultura Banda Revoltosa; da Associação dos Maracatus de Baque Solto de Pernambuco, que é patrimônio vivo e ponto de cultura. São parceiros, ainda, o Ponto de Cultura Bloco Rural Caravana Andaluza; Associação dos Mamulengueiros e Artesãos de Glória do Goitá; o Museu do Mamulengo de Glória do Goitá; Banda Musical Euterpina de Timbaúba, patrimônio vivo de Pernambuco.

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– Todo nosso material se encontra no site nossahistorianossamemoria.blog.br 

– Na equipe deste podcast João Paulo Rosa com a trilha sonora. 

– O jornalista Gedson Pontes com roteiro e montagem.

– A produtora cultural Crislaine Xavier com a audiodescrição.

– Alisson Santos com a gravação. 

– Videomaker: Julio Melo. 

– Designer: Murilo Silva.

– Web designer: Saulo Ferreira   

– Apresentação e produção da jornalista Josi Marinho. 

– No nosso canal do Youtube, nossos episódios estão traduzidos em Libras – Língua Brasileira de Sinais pela tradutora Ewelyn Xavier  

– Coordenação geral e reportagem do jornalista, documentarista e produtor cultural, Salatiel Cícero.  

A gente te espera no próximo episódio !!!! Até lá!!!